A Microsoft anunciou que não produzirá mais headsets de realidade mista HoloLens 2.
Lançado em 2019, o HoloLens 2 se destacou como um dos headsets de realidade mista mais avançados tecnicamente. No entanto, agora a Microsoft confirmou que não haverá mais produção deste dispositivo. A empresa informou que o HoloLens 2 continuará a receber “atualizações para resolver problemas críticos de segurança e regressões de software” até 31 de dezembro de 2027, mas não haverá novos hardwares.
A Microsoft afirmou que está “totalmente comprometida” com o HoloLens IVAS, um dispositivo com foco militar. O exército dos EUA está programado para realizar testes operacionais do HoloLens IVAS no início do próximo ano. Porém, em relação ao HoloLens 2 disponível comercialmente, o que ainda está no mercado é tudo o que os consumidores poderão adquirir.
Não é uma notícia surpreendente, considerando que o HoloLens 2 já possui cerca de cinco anos no mercado, um período longo no mundo da tecnologia. No entanto, essa descontinuação representa o fim de um período em que a realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) pareciam ter um futuro promissor. Desde então, a Apple entrou neste mercado com o Apple Vision Pro, mas enfrenta desafios semelhantes com preços altos e um formato pesado.
De acordo com o relatório, as atuais ambições de VR da Microsoft se concentram na parceria com a Meta. Esta colaboração se materializou no suporte para Xbox Cloud Gaming e aplicativos web do Office em headsets Quest. Além disso, o Windows 11 em breve permitirá estender uma sessão de laptop para o espaço VR ao olhá-lo através de um fone de ouvido com o sistema Horizon OS.
Enquanto isso, a própria Meta revelou recentemente seu próprio fone de ouvido de realidade aumentada, embora em escala mais reduzida. O Meta Orion é um conjunto de óculos que podem transmitir conteúdo AR para as suas lentes.
O anúncio da descontinuação do HoloLens 2 marca um momento significativo na indústria de AR e VR. Inicialmente, dispositivos como esse prometiam transformar a maneira como interagimos com o mundo digital. A ideia era integrar elementos virtuais no mundo real de forma intuitiva e prática. No entanto, fatores como alto custo, complexidade técnica e problemas de ergonomia acabaram limitando a adoção em massa.
Em contraste, empresas como a Apple e a Meta continuam a investir intensamente em AR e VR, buscando tornar essas tecnologias mais acessíveis e funcionais para o público em geral. A Apple, com o Vision Pro, está apostando no ecossistema robusto que tem com seus dispositivos para criar uma experiência mais integrada. Por outro lado, a Meta, com o Meta Orion, está explorando maneiras de tornar a realidade aumentada algo mais cotidiano e útil em escala menor.
Para muitos entusiastas de tecnologia, a cessação da produção do HoloLens 2 é um sinal de que o mercado de AR e VR ainda está em busca de um ponto de equilíbrio. Embora as potencialidades dessas tecnologias sejam vastas, encontrar um modelo de negócios viável e um produto que atenda às expectativas do consumidor médio continua sendo um desafio. Empresas inovadoras devem continuar a experimentar e aprimorar suas propostas, enquanto consumidores observam de perto essas evoluções, esperando que uma nova revolução tecnológica esteja à vista.
No cenário brasileiro, é interessante notar como essas tendências globais podem impactar o mercado local. A adoção de novas tecnologias no Brasil muitas vezes enfrenta desafios adicionais, como questões de preço, infraestrutura e conhecimento técnico. Porém, a medida que as grandes empresas globais como Microsoft, Apple e Meta continuam a avançar no desenvolvimento de AR e VR, há uma expectativa de que essas tecnologias eventualmente se tornem mais acessíveis e utilizáveis no dia a dia dos brasileiros.