Nesta semana, vazaram especificações do chip Tensor G5, que será o coração do Google Pixel 10, revelando avanços promissores em jogos e inteligência artificial.
Rumores já circulavam sobre a linha de smartphones do Google do próximo ano ser a primeira a integrar processadores totalmente desenvolvidos internamente, sem recorrer à parceria com a Samsung. Recentemente, um vazamento detalhado por parte do setor gChips do Google revelou especificações do Tensor G5 na Autoridade Android, sugerindo que mudanças significativas estão a caminho.
A maior transformação será o abandono das GPUs Arm Mali, presentes em todos os modelos Pixel até agora. No Pixel 10, a nova GPU será da Imagination Technologies, a mesma que anteriormente colaborou com a Apple antes de esta desenvolver seu próprio chip interno.
Detalhadamente, a GPU Arm Mali-G715 de sete núcleos, utilizada no Pixel 9 Pro e Pixel 8 Pro, dará lugar à IMG DXT dual-core. Embora ainda se saiba pouco sobre este novo componente, é confirmado que ele trará suporte ao ray tracing.
Ray tracing já é um recurso comum em outros chips móveis, como o Apple A18 Pro e o Qualcomm Snapdragon 8 Gen 3, mas será uma estreia para os usuários de Pixel, possibilitando gráficos mais realistas e detalhados.
Outra adição é o suporte à Virtualização de GPU, um recurso que permitirá aceleração gráfica para aplicativos executados em máquinas virtuais. A Google já experimentou virtualização em iniciativas como a execução do Chrome OS em dispositivos Android. Portanto, esta novidade pode trazer benefícios significativos para funcionalidades voltadas à produtividade no futuro próximo.
Embora se deva esperar alguma evolução de performance em relação ao Pixel 9, não se prevê uma revolução no funcionamento da CPU. O Tensor G5 promete ser mais eficiente, mas ainda mantém o mesmo core Arm Cortex-X4 do Tensor G4.
Entretanto, a configuração revelará diferenças sutis: dois clusters intermediários adicionais elevarão a quantidade para cinco núcleos Arm Cortex-A725, substituindo os três núcleos Arm Cortex-A720 do Pixel 9 / Tensor G4. Concomitantemente, a contagem de núcleos pequenos reduzirá, com apenas dois núcleos Arm Cortex-A520 em oposição aos quatro anteriores.
Como resultado, o desempenho em multi-core pode ver melhorias, enquanto o ganho em desempenho geral ainda é incerto. Sem detalhes sobre a velocidade dos clocks, fazer suposições prematuras seria imprudente.
Usuários de Pixel sabem que a Google valoriza a performance da inteligência artificial em seus chips exclusivos. O Pixel 10 / Tensor G5 seguirá essa tradição, destacando-se em tal aspecto. Comparando-se com o Pixel 9 / Tensor G4, que lançou as bases com seu TPU (Unidade de Processamento Tensores), a nova configuração promete um incremento de 40% em TOPS (trilhões de operações por segundo). Nos benchmarks da própria Google, a melhoria é projetada em cerca de 14% no desempenho de TPU.
Historicamente, a linha de smartphones Pixel da Google não tinha como foco o desempenho bruto ou em jogos, sempre atrás das melhores alternativas no mercado. Com essas novas especificações, o cenário poderá mudar, trazendo o Pixel 10 a um patamar mais competitivo.
Considerando a implementação de uma GPU mais poderosa e suporte para técnicas gráficas modernas como ray tracing, além dos avanços em virtualização, o Google Pixel 10 parece trilhar um caminho mais promissor, possibilitando uma experiência mais rica para jogos e uso geral. Somado a isso, as melhorias nas capacidades de inteligência artificial podem significativamente aprimorar a usabilidade e funcionalidades, marcando um passo importante para a marca em direção ao futuro tecnológico.